Neste dia 15 de outubro o xadrez nacional celebra o 90.º aniversário de um dos seus mais carismáticos representantes. O mestre nacional Júlio Santos, o mais antigo xadrezista luso em atividade, cumpre nove décadas de uma existência que se confunde com os tabuleiros nacionais há mais de 60 anos e com a própria história da Federação Portuguesa de Xadrez.
Ainda recentemente, no XI Open Internacional Marquês de Pombal, a primeira prova do Circuito de Clássicas de 2020/2021, Júlio Santos foi alvo de uma justíssima homenagem. Mas o incombustível mestre não se ficou por aí e jogou o torneio a um nível elevadíssimo, demonstrando continuar a ser um caso exemplar de longevidade e qualidade no xadrez nacional e internacional.
No currículo de Júlio Santos constam dos vicecampeonatos nacionais (em 1960 e 1966), um título nacional de Rápidas (1973), cinco presenças em Olimpíadas pela seleção de Portugal e variadíssimos títulos nacionais da categoria de Veteranos. É, aliás, o campeão nacional de Veteranos de mais de 65 anos em exercício. Numa das Olimpíadas que jogou, Júlio Santos teve a honra de defrontar o campeão do Mundo Vassily Smyslov.
A profunda ligação ao xadrez do mestre Júlio Santos foi transmitida aos filhos António e Alberto Fernandes. António Fernandes seguiu muitas das pisadas do pai e, além de se ter tornado grande mestre, é o xadrezista luso mais titulado, com um impressionante percurso, no qual se destacam os 16 títulos nacionais absolutos obtidos.
A Federação Portuguesa de Xadrez endereça ao mestre nacional Júlio Santos felicitações especiais pela passagem desta mítica etapa, de um jogador sempre disponível para se sentar em frente a um tabuleiro e encontrar a melhor forma de tentar ganhar, com qualquer adversário. Além disso, é um jogador de grande fair-play, cujo exemplo deve ser seguido por toda a comunidade do xadrez. Parabéns, mestre!
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